quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Odara


Na cultura hindu: paz e tranquilidade.
Lá em casa: desmantelo e cretinice. Odara é nossa mais nova cachorra.


Foi no dia 21 de junho de 2013 que mainha me marcou em uma postagem do Facebook, com uma foto dela deitada na calçada da Avenida Cruz Cabugá, no Recife. O texto dizia que ela não queria comer e estava na chuva. A tempestade só aumentava e eu fui lá resgatar, junto com uma voluntária. E era verdade, menos a parte do não se alimentar. Ela não perdoou o pote de comida e patê que eu estava oferecendo a ela. Com muito cuidado, coloquei a coleira nela e a levei para casa.

Organizamos o cantinho dela, secamos os pelos encharcados e demos mais comida e água. Como eu estava em casa, havia deixado no balcão uma bandeja de carne para preparar um jantar. Tratamos de prender em um dos quartos Mocinha, nossa cachorra gorda e mais antiga, e liberamos Odara para se familiarizar com a casa e com a gente. Sim, a ideia inicial era apenas oferecer um lar temporário até ela restabelecer sua saúde.

Mas, mesmo debilitada e sem ânimo algum, ela levantou e pegou a carne. Levou o roubo para a cama dela e lá se foi meu estrogonofe. Só restou a embalagem. Juro que duvidei que ela tivesse sido a autora da arte. Pois foi. Hoje, ela coleciona vários tipos e formas de roubo, que vocês acompanharão ao longo deste blog.


A ideia deste espaço é contar a vida dela. Serão compartilhados momentos diversos e tudo o que estamos aprendendo com Odara, com o ato de adotar e, principalmente, com quem está ao nosso redor. 


"Ah..nada como olhar uma janela"


"Tem mais carne crua?"

"Me disseram para não subir, mas quero apenas ajudar"


''Amo vir aqui porque me  esfrego em todas as paredes''


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